Quatro novos contratos, incremento na área arrendada e investimento em estrutura marcam primeiro ano da privatização do Porto de Vitória

Quatro novos contratos, incremento na área arrendada e investimento em estrutura marcam primeiro ano da privatização do Porto de Vitória

Entre os principais projetos desenvolvidos pela VPorts, há ainda a parceria com a VLI para recuperação da malha ferroviária do complexo portuário, a reforma dos armazéns e o trabalho para diversificação das cargas.

O primeiro ano após a privatização do Porto de Vitória já trouxe inúmeras mudanças relacionadas à desburocratização, à modernização, à eficiência operacional e à ampliação das oportunidades de crescimento. Responsável pela gestão do complexo portuário, a VPorts firmou quatro novos e importantes contratos ao longo dos 12 meses, gerando um incremento de 15% na área total arrendada.

No final do ano passado, um novo contrato foi firmado com a Technip, garantindo a duplicação da capacidade de produção e do suporte ao setor de óleo e gás. Em seguida, no início deste ano, a área dos silos de malte em Capuaba foi arrendada a partir de um acordo com a Fortenave, empresa de destaque no setor. 

Poucos meses depois, em junho, um contrato estratégico foi assinado com a Comexport, a maior empresa de comércio exterior do Brasil, transformando o porto em um hub de importação de veículos. Em agosto, foi ampliada a parceria com a operadora portuária Multilift, que agora passa contar com uma área de 40 mil metros quadrados dedicada ao armazenamento de granéis sólidos.  

“Firmar esses quatro importantes contratos em um curto período de tempo demonstra, na prática, o quanto o novo modelo de negócios que trouxemos, pioneiro no País, traz mais eficiência e agilidade para um setor tão importante para a economia e o desenvolvimento. Temos trabalhado para oferecer soluções customizadas para os clientes, aprimorando operações e investindo em melhorias. O que buscamos é solidificar o papel do porto como um elo logístico estratégico e eficiente para diversas cadeias de suprimentos”, afirma o diretor-presidente da VPorts, Ilson Hulle.  

Segundo ele, as parcerias recém-firmadas garantiram um incremento de 15% no total de áreas arrendadas. “Queremos contribuir tanto para o desenvolvimento do porto como da região em geral. Estamos progredindo gradualmente na ampliação de nossas parcerias e na maximização do potencial das áreas disponíveis, fidelizando os operadores portuários que podem agora fechar contratos de longo prazo”, complementa. 

Ao mesmo tempo, segundo ele, a taxa de ocupação de berços na unidade também tem apresentado avanços. “Em 2022 registramos uma ocupação anual de 37%, mas já conseguimos elevar essa marca para 39%. Apenas no último mês de agosto, atingimos um recorde de 51% na taxa de ocupação, evidenciando a eficácia de nossa estratégia em otimizar o uso dos berços disponíveis”, informa.

As novas áreas arrendadas estão sendo utilizadas para uma variedade de tipos de carga, reforçando a vocação do Porto de Vitória como um porto multipropósito. Há apoio para operação offshore, com fornecimento de serviços e infraestrutura necessárias para a atividade; atendimento ao setor de alimentos e bebidas com o armazenamento de malte; estrutura para a importação de veículos, fazendo do porto um hub de importância nacional; além do armazenamento de granéis sólidos, com ênfase para fertilizantes e gusa. 

No último ano, também merece destaque o embarque de lítio verde, o primeiro realizado no país, e o início da movimentação de concentrado mineral sulfetado. Além disso, o porto opera com contêineres, outros granéis sólidos como carvão e escória, granéis líquidos como combustíveis e soda cáustica e cargas gerais como veículos, mármore e granito e bobinas de aço. 

“A diversificação de cargas e serviços demonstra a versatilidade e a capacidade da Vports para atender a diversas vocações, adaptando às necessidades dos parceiros e clientes”, reforça Hulle. 

Ele aponta como outros pontos de destaque desses primeiros 12 meses de atuação a parceria firmada com VLI para revitalização da ferrovia da área portuária, através de estudos e investimentos substanciais, de forma a aumentar o volume de cargas escoadas e elevar a competitividade do mercado, especialmente na movimentação de granéis sólidos.

Há ainda uma série de obras já iniciadas e previstas com foco na melhoria da estrutura. “As obras de concessões estão avançando, transformando nosso cais em um ambiente mais seguro, eficiente e sustentável. A reativação das balanças, a nova portaria operacional e a substituição dos cabeços de amarração dos navios demonstram o nosso compromisso com o desenvolvimento”, afirma.

Para ele, a reativação das balanças, por exemplo, se relaciona à tônica do modelo de negócios que visa a eficiência operacional e a segurança. “As balanças estavam sem uso desde 2019 e, com a reativação da portaria operacional de Capuaba, passamos de 1 para 12 balanças nos últimos meses. Dessa forma, permitimos uma gestão mais eficiente, centralizada e automatizada, garantindo a segurança nas cargas movimentadas”, explica. 

Além disso, a VPorts está trabalhando para o alfandegamento da estrutura de oito balanças, implantadas no acesso ao Porto Organizado. Os investimentos em infraestrutura física, e sistemas informatizados, adequarão a estrutura aos normativos mais recentes da Receita Federal, com objetivo de garantir a segurança de carga e de pessoas e a otimização dos procedimentos operacionais, eliminando os gargalos de acesso e de pesagem.

E todo o trabalho já demonstra resultados no faturamento, com crescimento de 30% nesses 12 meses em relação ao período anterior. “A expectativa é continuar buscando novos e maiores resultados através de projetos estratégicos e oportunidades mapeadas”, reitera.

E os ganhos se estendem também para além dos números de operação e faturamento. “Estamos mais próximos da sociedade e mostramos nosso cuidado genuíno ao abrirmos a porta do porto para receber mais de 10 mil visitantes nos últimos meses, em um projeto em parceria com a Marinha do Brasil. Além disso, demos início a um dos principais projetos do ano: a reforma dos cinco armazéns, um patrimônio histórico e cultural, que conecta o porto com a cidade”, afirma.

Hulle considera que o diálogo aberto foi estendido para todos os stakeholders, sejam clientes, colaboradores, fornecedores e demais parceiros. Outro exemplo disso foi a criação do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ), que, pela primeira vez, contou com a consulta pública, e a aprovação de um novo modelo tarifário em consonância com nossos órgãos fiscalizadores, o que demonstra uma abordagem inclusiva e em conformidade.

Além disso, um trabalho de rebranding, projeto altamente estratégico, concretizou, no início deste ano, o novo momento da privatização da autoridade portuário. “Em um momento histórico, apresentamos a nova marca do Porto de Vitória, a Vports, na maior feira internacional do setor – a Intermodal, e mostramos ao mercado esse relevante e inovador modelo de negócios”, lembra.

Para ele, o cenário que está por vir aponta na direção do que foi construído ao longo deste primeiro ano: enfrentar os desafios, transformando-os em oportunidades. “A VPorts está empenhada em reescrever a história do setor portuário, beneficiando a empresa, a comunidade local e promovendo o desenvolvimento econômico e social”, diz.

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